Bastava entrar na internet, encontrar alguma coisa de interesse comum, uma imagem, vídeo, texto, música, para pegar, colar e enviar ao destino de sempre. Isso aconteceu diariamente centenas de vezes ao longo de alguns anos, tanto que cada qual criou em seu Hotmail, pastas para guardar os pacotes do que era considerado afinidades. Com o tempo, abrimos juntos uma conta nova que usávamos como relicário para colecionar tudo o que jamais deveria se perder. Hoje de manhã, uma semana após tudo ruir da pior forma possível, a ponto de não restar mais nenhum acesso para qualquer tipo de resstauração, achei num site uma daquelas coisas que antes eram tão urgentes como parte daquilo que jamais deveria ser perder. Encharcado ainda pelo vício, copiei, colei, depois fiquei olhando para o conteúdo na tela. Cliquei uma vogal no campo do destinatário, acionando automaticamente um nome na lista de contatos. Respirei fundo, decidi inteligentemente deletar tudo antes que cometesse o pior dos erros, mas em questão de segundos tive um forte surto de saudade-autoflagelo...
Marielle: O seu silêncio é a nossa voz!
Há 6 anos