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O “e daí?” assombra não o carente, o que está em dúvida, o que se sente privado, mas o provido, o que está ciente, o esclarecido, o suprido! Não se pergunta “e daí?” depois de nadar, nadar e morrer na praia e sim quando se alcança o topo, o Olímpo, depois da coroa de louros, da honrosa comenda, do título ganho após entregar o sangue em sacrifício sob ruidosos aplausos.
Será então o “e daí?” uma espécie de sentir-se mal quando tudo está bem? Será uma crise por ter passado com poucas dificuldades por todas as crises? O desconforto da certeza da segurança? E se não for isso? Mas se for... e daí?