Tenho tentando reduzir um pouco o hábito de usar de psicologismo em certas coisas que comento. Falo em reduzir, porque não acredito que para algumas pessoas, seja possível eliminá-lo completamente do palavrório, afinal, há uma penca de gente morando dentro da minha cabeça, sublocando meus pensamentos e usando a minha boca. Às vezes, o psicologismo entra na parada como um recurso para tapar buracos estratégicos naquilo que não se quer aceitar ou como uma forma de justificar o que por alguma razão não está dando certo. Para tentar conseguir algum êxito nisso, tenho me esforçado para evitar generalizar certas situações, o que me expõe a inúmeras contradições, pois fazer generalizações e simplificações é um modo eficiente de buscar adeptos na ânsia de validar as próprias certezas até mesmo quando o objetivo é tentar mostrar que não se dá tanto valor assim a elas. No fundo é forte a ilusão de que a maioria das coisas acontecem exatamente do mesmo jeito para todo mundo. Num antigo blog já extinto há séculos, virava e mexia, eu vivia afirmando coisas com a boca cheia de convicções, como se a minha percepção de uma situação aparentemente comum fosse a mesma que a de todos. Seguia tolamente inflexível enquadrando tudo numa certeza irritante, até que um dia...
Marielle: O seu silêncio é a nossa voz!
Há 6 anos