Juiz de Fora
Sábado
06 de janeiro de 2007
18h45
_Que cara é essa?
_ Pensando...
_ Sobre...
_ Sobre como as coisas estão ficando diferentes...
_ É eu sei...
_ [ ... ]
_ Também não sei o que dizer. Às vezes penso que a culpa é minha, outras, que é sua.
_ Por que não, minha e sua?
_ Isso é o que todo mundo diz sempre, mas a gente sabe que tem alguém que dispara primeiro a pedrada do fim.
_ A gente ta no fim?
_ [ ... ]
_ Tamos?
_ Eu não sei... mas cê ta vendo como tá...
_ Eu tô com medo.
_ Medo de ser mesmo o fim?
_ Medo de descobrir que isso é tudo que eu tenho. Medo que você seja tudo o que eu tenho.
_ Me desculpa... eu não sei o que fazer, o que te falar...
_ Você quer ir?
_ Uma hora alguém tem que ir...
_ Você já tem pra onde ir? Ele é alguém que eu conheço?
_ Não há ninguém, juro.
_ Você tá dizendo isso pra não me machucar...
_ Não to não. Não há mesmo ninguém. Se tivesse eu contaria, cê sabe como eu sou.
_ É... eu sei...
_ Você é meu amor...
_ Sou?
_ É sim... acho que eu preciso quebrar um pouco a cara, me fuder um pouco. Você é maravilhoso, sempre compreensivo, maduro, ponderado, um companheiro... nossa vida é legal, eu curto a gente aqui... penso nisso e fico triste por estar agindo assim. Acho que eu quero uma coisa que eu não sei ainda. Às vezes penso que é alguém, uma pessoa nova, uma nova vida longe daqui. Fingir que eu sou outra, sei lá! Cê me perdoa?
_ Pelo o quê?
_ Por isso que eu não entendo.
_ Não esquenta. Eu sempre soube que às vezes todo amor do mundo não basta, mesmo um imenso como esse nosso, ainda assim, às vezes parece que não é o bastante.
_ [ ... ]
18h45
_Que cara é essa?
_ Pensando...
_ Sobre...
_ Sobre como as coisas estão ficando diferentes...
_ É eu sei...
_ [ ... ]
_ Também não sei o que dizer. Às vezes penso que a culpa é minha, outras, que é sua.
_ Por que não, minha e sua?
_ Isso é o que todo mundo diz sempre, mas a gente sabe que tem alguém que dispara primeiro a pedrada do fim.
_ A gente ta no fim?
_ [ ... ]
_ Tamos?
_ Eu não sei... mas cê ta vendo como tá...
_ Eu tô com medo.
_ Medo de ser mesmo o fim?
_ Medo de descobrir que isso é tudo que eu tenho. Medo que você seja tudo o que eu tenho.
_ Me desculpa... eu não sei o que fazer, o que te falar...
_ Você quer ir?
_ Uma hora alguém tem que ir...
_ Você já tem pra onde ir? Ele é alguém que eu conheço?
_ Não há ninguém, juro.
_ Você tá dizendo isso pra não me machucar...
_ Não to não. Não há mesmo ninguém. Se tivesse eu contaria, cê sabe como eu sou.
_ É... eu sei...
_ Você é meu amor...
_ Sou?
_ É sim... acho que eu preciso quebrar um pouco a cara, me fuder um pouco. Você é maravilhoso, sempre compreensivo, maduro, ponderado, um companheiro... nossa vida é legal, eu curto a gente aqui... penso nisso e fico triste por estar agindo assim. Acho que eu quero uma coisa que eu não sei ainda. Às vezes penso que é alguém, uma pessoa nova, uma nova vida longe daqui. Fingir que eu sou outra, sei lá! Cê me perdoa?
_ Pelo o quê?
_ Por isso que eu não entendo.
_ Não esquenta. Eu sempre soube que às vezes todo amor do mundo não basta, mesmo um imenso como esse nosso, ainda assim, às vezes parece que não é o bastante.
_ [ ... ]
_ Querida, vou dar uma saída. Devo voltar só amanhã a noite. Se quiser levar pra você alguma coisa que era nossa, tudo bem. Leva a chave também se achar que deve.
_ [ ... ]
_ Olha só... depois que sair não deixa bilhete, e-mail, essas coisas assim... se puder não deixe nada seu, por favor. Nem roupas, objetos nem nada. Isso vai me ajudar. Promete?
_ [ ... ] Prometo
_ Então tá... te cuida.
_ Você também.