quinta-feira, 19 de agosto de 2010



O fato de algo não ter sido ainda comprovado,
não significa que seja improvável.

Sam Nielson

terça-feira, 17 de agosto de 2010

De tempos em tempos é bom dar uma espanada na alma para tentar seguir mais leve, em paz com os próprios passos. Os modos de fazer isso são vários, cada um tem seu jeito particular de praticar uma pajelança. No meu caso, andar de bike de madrugada tem sido uma coisa e tanto, mas também é bom chegar do dia e depois de um banho morno, tomar um chazinho de jazz com samba até pintar o sono. Salve Jorge!

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Tenho acreditado bastante na singularidade de alguns sentimentos aceitos como universais, mas sei também que a respeito de pelo menos um deles, é muito fácil se deixar iludir pelo mito do andrógino tão logo se entra num estágio mutuo de atração. Em meia hora de um bom papo, quer no real ou no virtual, pode pintar aquele sincronismo em torno de um modo de perceber certas coisas, de ver, de ouvir ou de pensar uma idéia, um prazer, uma sensação peculiar. Isso pode levar alguém a fantasiar que se está diante de uma alma clonada. Pior ainda é quando se fica convencido de que gostar de coisas parecidas significa perceber o resto mundo do mesmo jeito, achando ingenuamente que tal fato é razão suficiente para se fechar em torno de uma figura que vai representar o fim dos seus sábados de tédio.

domingo, 15 de agosto de 2010

Estou deletando algumas coisas do meu sistema. Já havia decidido isso há tempos atrás, mas agora, tenho botado em prática. Antes ficava meio que quieto quando vinham botar certas bancas pra cima de mim, hoje, ando abrindo o verbo! Ando falando abertamente que o sétimo céu não me interessa mais, que na soma de todos os meus erros, ando preferindo mesmo é estar algum dia, entre os gusanos que debaixo de sete palmos, me farão um grande favor pastando o que sobrar do meu passado.

Na maioria das vezes que escrevo sobre algum encontro sexo-afetivo entre duas (ou mais) pessoas, quase sempre substituo palavra “amor” pela palavra relação. Acho que assim fica mais fácil não se esquecer do quanto somos imprevisíveis quando mergulhados nisso, já que considero as relações um conjunto de regras que ajudam a estabelecer barganhas e administrar acordos entre os que no desespero de se sentirem sós, buscam obter a posse de qualquer coisa que os livrem da sensação de solidão.
Quanto ao “amor romântico”, evito falar sobre ele, não apenas por uma questão de não acreditar na “pureza” do conceito, mas por praticidade, por achar que é uma palavra controversa, mitificada e comumente usada fora de contexto para tentar explicar sentimentos pouco compreendidos. Mesmo assim, quando quero, não me importo em ouvir o que outros pensam sobre o assunto, como aconteceu dias atrás, ao assistir numa reprise do programa “Saia Justa”, o psicanalista Jorge Forbes falando “não há provas de que o amor seja justo.” Isso de imediato, me pareceu bem sensato...