sábado, 25 de setembro de 2010

Tô aqui pensando no que a Folha quis dizer quando lançou recentemente a campanha “Folha, o jornal do Futuro”. Tô pensando nisso porque jornal impresso é tão antigo quanto Gutemberg e jornal on-line não é mais nenhuma novidade. Se for mesmo assim, quando a Folha mexe apenas no design gráfico para continuar sendo publicada em papel e na internet, fico me perguntando, exatamente a que tempo no futuro ela está se referindo?



Por outro lado, a revista Época que se apressou em adaptar seu conteúdo para o "formato ipad”, pelo menos até agora não usou o termo "revista do futuro" para se referir a ela mesma, quem sabe acreditando que a realidade dos tablets é o presente e com isso, o futuro pode não ser mais como era antigamente.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010


Para viver um pouco mais leve daqui pra frente, estou doando a qualquer ONG que trabalhe com reciclagem, uma parte dos “credos sociais” que por um tempo considerei "sagrados" demais para serem negociados na barraquinha dos cambistas. Confesso que hoje já não sinto mais o medo que alguns da minha geração afirmam sentir ao perceberem seus antigos pilares ruindo rapidamente, década e goela abaixo. Acho essa liquidificação que nos cerca simplesmente "duca" porque cresci e fui educado num meio onde as mudanças demoravam demais para acontecer, tudo era hipocritamente santificado e a possibilidade de acorrer qualquer qualquer alteração na ordem das coisas, era visto como apostasia, uma erva daninha subversiva, quando não, herética! O que mais me encanta nisso hoje, é perceber que em vez de tentar reter o que já não cabe mais em mim, tenho me permitindo surfar em outras experiências tântricas, botando o pé na frente da prancha num hang five atrevido apenas pelo prazer de descer naquilo que um dia certamente poderá ser minha última onda.