domingo, 8 de novembro de 2009

... versos proscritos não passam de subversos... (Ave! Glauco Matoso).

UNDERCODE

Ao decodificar um velho manuscrito
O monge que duvida apenas cumpre um rito
Aos crédulos, diz: crede, pois eu creio!
Mas em silêncio fala consigo; é tudo mito.


SANTA TERESA

Meu êxtase é fogo sagrado
Me consome em dor e sabor
Me arde acre e adocicado

TOTEM E TABU

Se um Deus fez tudo que pode ser tocado
Então por que o pau não é sagrado?
Por que é profano falar siririca,
Pica, punheta, porra, boceta?
Por que os ícones da morte
São pendurados no pescoço
E os da vida... trancados na gaveta?

Nenhum comentário: