terça-feira, 10 de novembro de 2009

Se ela tivesse continuado a acreditar sem se curvar ao medo do futuro, talvez não tivesse se importado tanto com a opinião dos que não fazem parte da história. Se não tivesse desistido tão rápido de segurar com as duas mãos o que havia, se tivesse tido a coragem de Joana D´arc, acho que aquilo bem que poderia teria sido nosso épico, a canção de derrubar os muros da cidadela, uma vitória sem glória do pacto tântrico secreto que fizemos, da história que escrevíamos todas as tardes e talvez, quando perto do fim das muitas promessas, quando as ilusões fossem reveladas insuportavelmente claras, quando a realidade dos fatos começasse a ferir e por fim, se tivesse escolhido cumprir a parte dela no trato, é quase certo que tivéssemos como prêmio, nos permitido morrer ao mesmo tempo, sem medo algum e sentindo o tipo de paz que só acontece quando se tem certeza de que tudo o que houve, de alguma forma, valeu a pena.

[Cruzada] Não sei andar sozinho por essas ruas, sei do perigo que nos rodeia pelos caminhos. Não há sinal de sol, mas tudo me acalma no seu olhar. Não quero ter mais sangue morto nas veias, quero o abrigo do teu abraço que me incendeia. Não há sinal de cais, mas tudo me acalma no seu olhar. Você parece comigo, nenhum senhor te companha, você também se dá um beijo dá abrigo. Flor nas janelas da casa, olho no seu inimigo, você também se dá um beijo dá abrigo! Se dá um riso dá um tiro. [Tavinho Moura - Márcio Borges]

Um comentário:

Camilla Dias Domingues disse...

as pessoas tem uma tendência a acreditar em terceiros, sou prova disso e tive a experiência vivida por mim e meu companheiro pai da minha filha, ele me agrediu por acreditar nos outros, isso me deixou bastante mal e a partir daí começou a gerar brigas intensas e sem fim, como posso lhe dizer que até hoje não conseguimos manter uma diálogo civilizado, ele se acha no direito dele, de psicopata e eu no meu direito de vítima, e assim a vida segue mas concordo plenamente contigo, seria tão mais fácil se aqueles a quem queremos bem não dessem ouvidos as intrigas e ti ti tis de quem está fora da história, poderíamos estar vivendo, não digo felizes plenamente mas vivendo bem!