sábado, 10 de julho de 2010

Quando chegou na sala, ele estava sentado nosso sofá, tomando café e assistindo TV. Ela sentou-se ao lado, recostou a cabeça no peito dele e perguntou como estava. Ele, sem tirar os olhos do que estava assistindo, respondeu que estava bem. Ela então quis saber se ele havia ficado surpreso com o que ela havia "confessado" sobre a nova amiga. Ele disse que sim, mas que iria ficar bem. Permaneceram em silêncio por algum tempo como se tivessem procurando algo além das reticências para conversar. Por fim, uma pergunta dela, se ele havia ficado decepcionado _ Deveria?_ disse ele em resposta. A isso, ela falou que não sabia, mas que gostaria de ouvir dele alguma coisa sobre o que haviam conversado na noite anterior.
Ele indicou que precisava de tempo para pensar melhor sobre tudo. Ela pediu o cigarro e deu uma longa tragada, depois comentou que sempre havia sido assim, que gosta bem mais de meninas, que embora ele nunca tivesse perguntado nada, tinha sido assim em todo esse tempo que estavam juntos. Quando queria um pau diferente, saia e procurava por um, aleatoriamente, sem apego, desculpas ou demais justificativas, quando queria uma transa diferente, procurava uma mulher, uma a quem tivesse afinidades, mas quando queria algo melhor que tudo aquilo, procurava por ele, a quem amava nem como homem, nem como mulher. Ela devolveu-lhe o cigarro e pediu um abraço. Um que fosse forte e demorado.

2 comentários:

Thaissa Costa disse...

Gostei. Vou divulgar o texto no twitter: www.twitter.com/thaissa10
beijoooo

GIL ROSZA disse...

Pegue a vontade Thatá! Kizz*