sexta-feira, 9 de julho de 2010

Não creio que outsiders sejam produtos de  uma escolha planejada. Ninguém acorda numa manhã e diz_ daqui pra frente vou ser é gauche na vida! Se acreditasse também nessa de conspirações cósmicas orquestrando o universo como se fossem mãos divinas manipulando cordas de marionete numa farsa fossilizada de tão antiga, poderia dizer que é destino o ser outsider, que é fado, no sentido mais concreto da palavra!
Ao contrário disso, ser outsider é na minha opinião, mais ginga do que jingle, é de nascença, não um mero estereótipo, mas um modo de pensar a vida, é como possuir no DNA, um gene marginal. Existe muito poser tirando onda de outsider e são como tatuagem de henna, falso piercing, bandana de grife comprada em shopping da Barra da Tijuca. Na hora de esticar o braço e cortar fundo a veia pra sentir o frio; amarelam. É por isso que acho que o outsider não é feito apenas de aparência. Existe nele um modus operandi, uma maneira particular de equacionar variáveis e obter delas alguma coisa crua, mesmo que não sejam muitas, mesmo que não sejam nada. Para o outsider ser nada hoje ou daqui há 10 anos tanto faz! Ele chega na beirada, amaldiçoa a si próprio, amarra o elástico no tornozelo e pula.

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