sexta-feira, 18 de março de 2011

O marco divisório. O momento exato do disparo que administra uma mudança que nunca cessa. A distância percorrida até um improvável lugar onde a linha bifurca detonndo a sequência de eventos que dará prosseguimento a transformação.
É ilusório achar que há um jeito de controlar ou deter o curso disso em proveito próprio. A vida é uma entidade amorfa, autônoma, mutante e muito mais resistente do que a gente imagina. Ela adora contrariar teóricos, mostrar que não depende da vontade humana e de uma moral criacionista para ser salva. Na maioria das vezes, na tentativa de querer alinhar uma ponta como solução, não se nota o desalinho que provoca em outra ponta que se encontra fora do campo de visão.



Para perceber o quanto a existência gira numa espiral sem começo, meio ou fim, é necessário se afastar um pouco da visão cartesiana que usamos como orientação e aceitar que os elementos que dão formas distintas a tudo que surge no periférico da vida, se fossem misturados ou invertidos aleatoriamente, ainda assim poderiam ser usados para contar uma nova versão da mesma história.

2 comentários:

natalia disse...

Que viagem Gil!

CAROLINA BERNARDES disse...

Marco divisório? Humm! Agora entendi! 18 de março! Ficou muito claro para mim o que você sentia neste dia... Este texto é pura filosofia de vida! Cosmovisão do Letra em Pó.