sexta-feira, 23 de abril de 2010

Tenho tentando reduzir um pouco o hábito de usar de psicologismo em certas coisas que comento. Falo em reduzir, porque não acredito que para algumas pessoas, seja possível eliminá-lo completamente do palavrório, afinal, há uma penca de gente morando dentro da minha cabeça, sublocando meus pensamentos e usando a minha boca. Às vezes, o psicologismo entra na parada como um recurso para tapar buracos estratégicos naquilo que não se quer aceitar ou como uma forma de justificar o que por alguma razão não está dando certo. Para tentar conseguir algum êxito nisso, tenho me esforçado para evitar generalizar certas situações, o que me expõe a inúmeras contradições, pois fazer generalizações e simplificações é um modo eficiente de buscar adeptos na ânsia de validar as próprias certezas até mesmo quando o objetivo é tentar mostrar que não se dá tanto valor assim a elas. No fundo é forte a ilusão de que a maioria das coisas acontecem exatamente do mesmo jeito para todo mundo. Num antigo blog já extinto há séculos, virava e mexia, eu vivia afirmando coisas com a boca cheia de convicções, como se a minha percepção de uma situação aparentemente comum fosse a mesma que a de todos. Seguia tolamente inflexível enquadrando tudo numa certeza irritante, até que um dia...

Um comentário:

Camilla Dias Domingues disse...

eu acho que sou assim no meu blog, falo pra caralho, por vezes me contradigo (até mesmo por ser um ser em constante transformação) e acabo forçando a barra achando que tudo que eu acredito as pessoas tb de certa forma devem ter como certas, juro que mais dia menos dias ele não existirá mais... será que mesmo com a minha idade não tenho personalidade formada??? rs!