domingo, 18 de abril de 2010

Muitas vezes o pior de um problema não é o problema em si, nem as perdas e danos que talvez venham inevitavelmente com ele, mas quando fica flutuando sobre nossas cabeças, sem uma definição. Se pelo menos caísse logo e nos esmagasse ou então se subisse duma vez e desaparecesse na altitude, quem sabe assim nos libertaria desse Déjà vu maldito que teima em ficar entupindo nosso tráfego de pensamentos até quase sufocar? Esse cai-não-cai, só contribui para deixar tudo mais difícil, a presença diária duma situação crítica nos assombrando quando deveríamos estar em direção a uma nova fase de coisas. Entretanto, isso fica ali, pendendo, balançando, indefinido. Com o tempo, percebemos que está se perdendo muito mais vivendo nesse irritante stand by, que se tivesse acontecido o pior, pois o pior quando chega e defini, também encerra, abrindo inclusive, oportunidades para novas escolhas, cuidar devidamente dos ferimentos, juntar os cacos, colar o que for necessário para de alguma forma, recomeçar. Afinal, diz aí, o que pode ser pior que sentir o tempo passando e nada acontecendo, enquanto sofremos de hora em hora, por algo que não é uma coisa e nem outra, que simplesmente não se mostra nem como perda, nem como ganho?

2 comentários:

Camilla Dias Domingues disse...

não digo nada, pois, viu no meu post exatamente isso que escreveu aqui, mas suas palavras são muito mais bonitas!

GIL ROSZA disse...

é só uma maneira de ser solidário. =)