Resumindo, o corte é um poderoso procedimento para conseguir a cura de algo que está dolorosamente infeccionado. O corte bem que poderia se enquadrar na categoria de certos remédios como sendo às vezes igualmente amargo e a menos que estejamos falando de sadomasoquismo, o corte não será nem um pouco prazeroso. Um corte é algo que em circunstancias normais ninguém buscaria por ele como algo desejável, ainda assim, quando necessário, é opção recomendável para se restaurar a saúde de algo que está se perdendo e levando outros com ele. Em certos momentos, um corte é a única coisa que poderia tornar saudável algo que está visivelmente adoecendo.
Quando estamos envolvidos em algo que há tempos pede um corte e não damos, seguimos em direção ao desastre presos inutilmente ao que pende já podre. Protelamos, tentamos arrumar, colar, remendar, fingimos que não estamos tão mal assim. Às vezes é o medo de que o corte resulte em perdas, o que é fato, pois geralmente é isso mesmo que o corte faz. Às vezes é o apego indevido ao que está necrosado, perdido, sem chances de recuperação, mas não percebemos porque paira sobre a parte negroazulada e malcheirosa da gangrena, uma miragem projetando um reflexo de como aquilo era no passado quando ainda havia coisas bonitas e saudáveis ali.
A sabedoria do corte é citada numa bela parábola de Jesus (Mateus 18:8) quando ele menciona que se algum membro teu está te atrapalhando ganhar a vida eterna, corte-o imediatamente. Sejam quais forem os motivos para se evitar o corte, basta uma analise experiente feita com frieza e praticidade, um olho clínico, para saber que em certos casos não há escolha, é preciso sem demora, submeter um insolúvel problema de estimação que nos acompanha há algum tempo, ao corte definitivo, à uma necessária e inevitável amputação.
“E o resto é o resto, o sexo é o corte, o sexo”. O Estrangeiro (Caetano Veloso)
Quando estamos envolvidos em algo que há tempos pede um corte e não damos, seguimos em direção ao desastre presos inutilmente ao que pende já podre. Protelamos, tentamos arrumar, colar, remendar, fingimos que não estamos tão mal assim. Às vezes é o medo de que o corte resulte em perdas, o que é fato, pois geralmente é isso mesmo que o corte faz. Às vezes é o apego indevido ao que está necrosado, perdido, sem chances de recuperação, mas não percebemos porque paira sobre a parte negroazulada e malcheirosa da gangrena, uma miragem projetando um reflexo de como aquilo era no passado quando ainda havia coisas bonitas e saudáveis ali.
A sabedoria do corte é citada numa bela parábola de Jesus (Mateus 18:8) quando ele menciona que se algum membro teu está te atrapalhando ganhar a vida eterna, corte-o imediatamente. Sejam quais forem os motivos para se evitar o corte, basta uma analise experiente feita com frieza e praticidade, um olho clínico, para saber que em certos casos não há escolha, é preciso sem demora, submeter um insolúvel problema de estimação que nos acompanha há algum tempo, ao corte definitivo, à uma necessária e inevitável amputação.
“E o resto é o resto, o sexo é o corte, o sexo”. O Estrangeiro (Caetano Veloso)
4 comentários:
hoje escutei uma música do Ed Mota e não sei se tem a ver mas esse trecho me fez pensar...
"as vezes um sim dói mais que um não(...) as vezes um não dói mais que um sim..."
as vezes dizer não ou sim ao "corte" é muito complicado... entendeu? (rs!)
eu sei menina. eu sei! no caso de algumas parcerias complicadas, é o apego ao que não tem mais jeito,é tentar ficar abraçado a um cadáver (a relação é o cadáver) e não querer que ele seja sepultado que acaba destruíndo os dois a ponto de não ser possível salvar nem a amizade!
acho que as mulheres tem mais dificuldade ainda com "O CORTE". vamos até o limite do limite, tentando tirar leite de pedra, sem admitir que aquilo não é mais como era há algum tempo atrás. cortar pode ser dolorido, mas é também renovação e sentimento de liberdade. cortes são inveitáveis em nossa vida.
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