quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Em As Portas da Percepção, Aldous Huxley, ao descrever as próprias experiências lisérgicas, parafraseou o poeta inglês Willian Blake enquanto narrava suas solitárias viagens ao fundo ego. Levando as portas figurativas para um canto mais careta, penso que no momento em que a percepção de alguns indivíduos com tendência para se desgarrarem de suas alcatéias vai deixando para trás a lira dos vinte dos anos, é que começa a se abrir um acesso amplo para o lado balsaquiano da existência. Em algum momento disso, alteridade e identidade se fundem temporariamente, para mostrar ao ser que caiu na chuva, que molhar é se dar conta de que no “idem” é onde mora a necessidade de se tornar parte dum coletivo padronizado por afinidades, mas é somente no “alter”, que reside o forte desejo de não ser parte de nada e nem igual a ninguém.


2 comentários:

natalia disse...

Nooossaa, Gil, desde a facul q eu sabia q vc escrevia bem, só não sabia que era tanto, rsrsrs. Mto bom esse teu blog!

GIL ROSZA disse...

Criar esse blog não foi idéia e nem iniciativa minha, mas duma pessoa q ainda é mto importante. Ela foi embora faz algum tempo, mas o blog não quis ir junto.