O que mais impressiona nele é que 11 anos depois, a falida política de segurança pública do Estado não mudou nada, ao contrário da empresa conhecida como Tráfico de Armas e Drogas S.A. que tem feito direitinho o dever de casa dela. No filme, ao ouvir o depoimento do delegado Hélio Luz, que na época, era secretário de segurança, fico pensando por que a pollítica de segurança pública da administração atual, como as anteriores, ainda segue o caminho mais fácil que é botar o Bope na rua para proteger à Classe Média, como na época de D. João VI, deixando o mais difícil, o trabalho de inteligência social dentro das comunidades ou ao deus-dará ou sob responsabilidade das ONGs?
Enquanto o governo segue omisso na sua retórica de campanha e ignora sua obrigação social de prover para crianças sem futuro, uma coisa melhor que os Padres Severinos da vida, para educar, dar acessso, fazer melhor que plantar unidades para "pacificar", os comandos no morro, que dum lado são clientes VIP da Colt (a fabricante americana dos letais fuzis AR15), e do outro, fornecedores regulares dos bacanas no Baixo Leblon, seguem se aprimorando em sistemas de telefonia celular carcerária e em táticas de sítio/guerrilha.
Outra pergunta feita pelo Hélio Luz em 99 e que ainda hoje parece pertinente é_ será que a burguesia quer mesmo uma polícia que pare de aceitar o "unzinho" da cervejinha para livrar da cana, o playboy que atropelou e matou o skatista dentro do túnel? Uma polícia que dê, sem distinção, tratamento devido ao cidadão legítimo? Vale à pena destacar que depois da participação no documentário, Hélio Luz foi exonerado do cargo.
Quem quiser conferir, o documentário está disponível no YouTube.
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