quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Já faz algum tempo desde a última vez que estive ligado assiduamente num seriado de TV e isso foi durante as oito temporadas de Arquivo X na Fox. Há poucas semanas assisti ao piloto de The Walking Dead (Fox, terça, 22h) e virei fã. Roteiro é a primeira coisa que me cativa numa produção e no caso de The Walking Dead, ele é uma obra-prima. O roteirista Frank Darabont, em vez de ficar dizendo _ ai como os zumbis são feiosos, cruéis e canibais!_  prefere mostrá-los como mais um dos tantos problemas de relacionamento virtual que ocorrem em redes sociais, e que um pequeno grupo de cidadãos comuns, padeiros, crianças, funcionários de escritório, policiais, donas-de-casa e outros, precisam encarar, mas não antes de conseguirem sobreviver a si próprios.
O mais interessante na narrativa, é que ela coloca o expectador dentro do problema, pois cada episódio tem um dilema ético/moral a ser digerido. É quase impossível não se colocar na pele de alguém (vivo é claro) e se perguntar_ o que eu faria se fosse comigo?
Enfim, o que acho sensacional em The Walking Dead é que o autor trabalha com muita originalidade em cima dum clichê que estamos carecas de saber! Conviver uns com os outros é foda, não importa se os tais uns e outros estão vivos ou mortos-vivos.



Excluindo perfis! Afinal, zumbis não são piores, nem melhores que os vivos.

2 comentários:

Unknown disse...

Quando vi o primeiro episodio pensei que fosse filme de terror, mas depois morei na filosofia e comecei a ver com os outros olhos, rsrsrs. Não virei fã, mas admito que é inovador.

MN disse...

não assisti ainda. mas to super fã do dexter (q acho q vc me falou tbm) e percebo que o lance dessas narrativas e nos colocar no ponto de vista do outro. um outro q na maioria da vezes não queremos nem chegar perto ou q é amaldiçoado só por ser o outro. o serial killer, o zumbi, etc.... não sei se este tema tem neste seriado. mas pareceu q sim. é a narrativa moderna ( ou pós moderna).