Abandonar uma velha tendência para sublimar todo evento potencialmente sentimental que experimento, tem sido um exercício disciplinar tão extremo quanto os que são impostos a um monge tibetano para forçá-lo a abandonar o apego ao mundo material. Afinal, foram mais de trinta anos de Bossa Nova e MPB, idolatrando as filhas de Vênus. De passionalidade à moda de Vinícius e teledramas globais, devem ter sido mais de vinte e pasmem, talvez quarenta e tantos de uma entrega fanática ao sublime, aguardando o momento, postado diariamente no cadafalso do romantismo folhetinesco que, segundo estudos recentes, é tão nocivo quanto um Kent sem filtro. É muita PNL para desprogramar assim duma tacada só, mas estou confiante de que muito em breve estarei tão densamente petrificado que só poderei ser reconhecido como fóssil.
Marielle: O seu silêncio é a nossa voz!
Há 6 anos
3 comentários:
Até te entendo, mas vê se não petrifica demais não viu?
Bjo
hummm... nao vô prometer nada nao... rsrs.
Ah Gil, não faça isso com vc mesmo, não abandone a sua essência pra transformar-se em algo que te forçaram a ser, somos todos vítimas de um sistema cruel mas não se deve abandonar convicções...
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