quarta-feira, 21 de julho de 2010

Em princípio, pensei que fosse um soluço, mas depois atinei, juntei as sílabas e o nome veio claro novamente aos meus ouvidos _ Elisabete. Amiga nossa de muitos anos, de festas de aniversário dos filhos, de viagens de férias em dois casais no mesmo carro. Também em sussurros passei a alimentar tudo aquilo sem demonstrar surpresa ou desagrado. Com isso ele confirmou ser ela, o objeto do desejo. Perguntei se já haviam... mas ele jurou que nunca, havia apenas o tesão contido, a vontade. Tomei aquilo como verdade, e era. Ainda abraçada a ele, minha boceta era comporta aberta, enquanto ele me comia como no começo dos anos, mas agora, sentindo-se livre depois da confissão e da minha atitude em não repreendê-lo, não somente pensava nela, como gemia alto; Elisabete! Eu não o reprimia, ele revirava os olhos e noite passou e teve o seu fim num sono quieto.
No dia seguinte, na mesa posta para o café, a paz, nenhuma palavra, nenhuma pergunta ou cobrança. Duas noites depois, eu, achando que também podia, sussurrei no ouvido dele, um nome_ Pedro, o dentista. Nunca vi um homem tão ensandecido. Ele pulou da cama com a boca espumando, acendeu a luz e gritou me acusando de tudo. Pegou a chave do carro e saiu àquela hora da madrugada. Até agora não voltou.

2 comentários:

Unknown disse...

To passada!

Camilla Dias Domingues disse...

eu gsoto muito dessa pintura.


kkkkkkkkkk... Pedro é o cacete!
homem é mesmo um bicho estranho... não generalizo mas é dificil a aceitação pra eles de algo normal, uma vez que somos seres humanos suscetiveis a sentir desejo e nem por isso deixaremos de amar.

digo isso mas é dificil tb para a mulher escutar certas coisas, é um jogo perigoso esse: o relacionamento.