quarta-feira, 16 de setembro de 2009


Assim como um "porquinho-da-índia" foi o primeiro amor do menino Manuel Bandeira, Sampa foi o meu! Acho que tudo aconteceu quando ainda garoto, descobri e fiquei encantado pela programação da antiga RTC de São Paulo, hoje, TV Cultura. Era uma delícia alguns programas de auditório destinados ao público juvenil, como o “Quem Sabe, Sabe”, reeditado recentemente e que na época, era comandado pelo radialista Randal Juliano que intermediava gincanas entre acadêmicos de universidades paulistanas. Eu simplesmente adorava tudo aquilo. Contudo, a minha relação: som-Sampa, ficou mais sólida bem mais tarde, quando estreou já nos anos 80 o “Fábrica do Som” http://www.youtube.com/watch?v=oPAkELRTwb4&feature=related apresentado por uma “figuraça” chamada Tadeu Jungle. O programa em si, no seu formato, não tinha nada que o Chacrinha já não tivesse feito décadas antes e o Edgar Piccolo, agora. A ideia era um “galpão de portão escancarado”, gravado dentro do SESC Pompéia, e lá entrava tudo o que era pop nos anos 80. Descontando-se aqueles que depois viraram “sabão em pó” como Titãs (ex-Titãs do Iê- Iê- Iê), Paralamas, Ira, Legião, Kid Abelha e tal, foi exatamente lá que fiquei conhecendo alguns malditos do underground paulistano, alguns nascidos e criados nos corredores da “fefeleche”. Itamar Assumpção, Julio Barroso com Gang 90 & Absurdetes, Vânia Bastos, Tetê Espíndola, Arrigo Barnabé, Grupo Rumo, Premeditando o Breque, Zé Miguel Wisnik, Aguilar e Banda Performática. No meio de todo esse povo, há uma finada banda que embora tenha tido uma vida bem curta, se não me engano, gravaram um único LP apenas, faço questão de guardar ainda hoje como uma preciosa peça do meu relicário; a banda Sossega Leão http://www.youtube.com/watch?v=1zIISfZ4s7Y. Nela, “puta músicos” como o Skowa e os Stroeter (Guga e Rodolfo) puxavam arranjos quase sobrenaturais para vestir as letras de puro humor-cáustico dos irmãos Garfunkel, "swingadas" em salsas, marengues, calípsos e rumbas que iam fácil, fácil... aos píncaros da originalidade! Mais caribeño só mesmo ir dançar no Buena Vista Social Club!

3 comentários:

Thaissa Costa disse...

Música...tem um poder sobre nós indescritível, talvez. Só é possível sentir. Lembra que na época de faculdade quando vc me deu um cd com músicas que segundo o próprio tinham "tudo a ver comigo". Ainda o tenho e adoro ouvi-lo.

GIL ROSZA disse...

claro que lembro menininha =) happy days...

Camilla Dias Domingues disse...

amo buena vista!
e se vc me convidar vou contigo! hehe!

PS: porque anda sumido? o trampo novo está te fazendo ficar sem tempo hábil? beijos no coração.

veja esse post que escrevi sobre o buena vista: http://camillapreta.blogspot.com/2009/06/quantas-vezes-for-necessario.html