domingo, 24 de abril de 2011

Não importa o quanto persigas compulsivamente um objeto muito desejado, é importante que ele seja uma quimera! É imprescindível que exista nele algo impossível de ser concluído, conhecido ou tocado. A alma humana não pode ser satisfeita por conquistas, ela simplesmente adoece quando isto acontece. Toda vez que alguém pensa estar suprido depois de conquistar algo muito desejado, é apenas uma questão de tempo até que uma inquietude saída das profundezas do nosso desassossego, acabe com esse estado artificial de paz que é a sensação de felicidade produzida por uma nova conquista. Somos sensíveis demais ao enfado, ao enjôo, ao tédio, ao “passamento” daquilo que prometemos a nós mesmos curtir para sempre.



 
É a busca incessante por algo que não temos que nos mantém vivos até que a morte nos ceife num jogo de dados. Enquanto isso não acontece é fundamental que se tenha na vida uma grande ilusão, quanto maior melhor! Uma utopia de estimação, necessária para que se acorde todos os dias desejando viver ou morrer em nome dela.

3 comentários:

Giovana disse...

Assim é. E posso garantir que esta tal utopia é simplesmente viver.

natalia disse...

Isso é Heráclito, menino! A galera adorava seus papos com o Physis nas aulas de filosofia na UBM rsrsrs. Acho até que ele gostava mesmo era de dar aulas pra vc, não?

GIL ROSZA disse...

bons tempos! mas acho que não, o physis foi um puta professor de todo mundo, pra mim foi um verdadeiro mestre.