Para viver um pouco mais leve daqui pra frente, estou doando a qualquer ONG que trabalhe com reciclagem, uma parte dos “credos sociais” que por um tempo considerei "sagrados" demais para serem negociados na barraquinha dos cambistas. Confesso que hoje já não sinto mais o medo que alguns da minha geração afirmam sentir ao perceberem seus antigos pilares ruindo rapidamente, década e goela abaixo. Acho essa liquidificação que nos cerca simplesmente "duca" porque cresci e fui educado num meio onde as mudanças demoravam demais para acontecer, tudo era hipocritamente santificado e a possibilidade de acorrer qualquer qualquer alteração na ordem das coisas, era visto como apostasia, uma erva daninha subversiva, quando não, herética! O que mais me encanta nisso hoje, é perceber que em vez de tentar reter o que já não cabe mais em mim, tenho me permitindo surfar em outras experiências tântricas, botando o pé na frente da prancha num hang five atrevido apenas pelo prazer de descer naquilo que um dia certamente poderá ser minha última onda.
Marielle: O seu silêncio é a nossa voz!
Há 6 anos
Um comentário:
Entendi, mas fiquei meio flutuando hehehe, mas acho que pra saber de fato, eu teria de vivido a militância como vc fez naquela época.
Ps. falando em "surfar"... a gente precisa assistir aquele pôr-do-sol no Arpoador mais vezes viu?
Bjus
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