domingo, 20 de junho de 2010

Uma querida recém-divorciada, que hoje está na faixa dos cinquentinha e por enquanto, evitando novos candidatos, me mandou ontem o artigo, “O Marido como Capital”, da Mirian Goldemberg. Lembrei de uns anos atrás, quando éramos muito jovens, de ter comentado com ela que considerava o casamento tradicional, aquele que implica numa adesão aos tradicionais papeis de marido/esposa, um retrocesso, sobretudo, para mulher. Ela, recém-casada na época, discordou e disse que eu estava sendo ranzinza citando o já mofado e falacioso discurso feminista de mademoiselle Beauvoir. Talvez eu tenha usando sim um tom panfletário ao dizer isso. Hoje não sei se me sentiria à vontade em fezer tal comentário, não por ter mudado de opinião, mas porque percebo que para algumas pessoas faz sentido exibir à sociedade, um marido como um troféu, como um patrimônio desejado na disputadíssima na galeria do; “olha gente como eu sou feliz”, ainda que isso seja nos bastidores, o conhecido espetáculo; “não sou feliz, mas tenho marido”.

Um comentário:

Camilla Dias Domingues disse...

quando descobrimos que realmente esse contrato social que é o casamento é nada mais que uma insituição fálida queremos dizer a todos os casados ou os que pretendem fazê-lo que estão se enganando agindo dessa forma, eu tb fui assim e nem faz muito tempo cheguei a conclusão que as vezes e melhor não dizer nada e deixar com que as pessoas mesmo percebam o erro que estão cometendo.

tenho uma amiga que se casa agora dia 26, ela já se tranformou num ser submisso, totalmente diferente de tudo que ela sempre pregou, o amor pode ser a nossa maldição se usado da maneira errada, mas não temos mais o que dizer ela sabe de tudo isso, o que é uma pena não reagir a essa coisa toda que é o casamento em moldes tradicionais.