quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010


Existem coisas sobre essa imensidão sem fim que conhecemos por tempo que em algum momento da nossa vida curta, mostra o grande poder transformador que tem. Por exemplo, quando alguém consegue algo que desejou muito, que esperava há muito e que lutou muito para conseguir, seja lá o que for, no momento em que consegue a posse do "objeto do desejo", se sente completamente realizado o que por sua vez, gera uma grande sensação temporária de bem estar. Aos poucos, o pico desse bem estar chamado pelo senso comum de felicidade, vai passando, se apagando aos poucos como um foto exposta a claridade. A grande euforia da realização vai assim sumindo lentamente até restar apenas uma fina camada que chamamos de lembrança. É disso que é feito o passado. Não conseguir aceitar que passar é um evento comum a tudo que está exposto ao tempo, nos enche de frustração e depois nos coloca na busca desesperada por algo que traga de volta aquela sensação de realização. É uma busca que não cessa, pois a cada coisa nova conquistada, o tempo começa a comê-la pedaço por pedaço e mesmo o que julgamos ser sólido o bastante para resistir ao tempo, em algum momento mais a frente e contrario a vontade de vivos ou de mortos, será irremediavelmente transformado num outro tipo de passado que costumamos chamar de história.

3 comentários:

Camilla Dias Domingues disse...

é tudo culpa da endorfina!

e tudo que é sólido sempre derrete, essa é intenção... a felicidade tb derrete e volta a solidificar e assim sucessivamente!

GIL ROSZA disse...

é o ciclo que a gente nao aceita rsrs. =)

Thaissa Costa disse...

Buscar a felicidade é a pior forma de obtê-la. parece clichê mas aprendi que é verdade. Quando passamos ser mais egoístas e percebemos a felicidade em nós mesmos a felicidade aparece em mais momentos da nossa vida. Ainda estou tentando seguir essa teoria, confesso que não é fácil, mas acredito que possa ser real.