Foto: Pichaus
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O ano era 1603 durante o xogunato de
Tokugawa. Dois samurais se enfrentavam na manhã de um dia comum e a razão para
estarem lutando era desconhecida. O que ficava nítido ao olhar para os
guerreiros em combate é que ambos pareciam ter as mesmas habilidades e a mesma
força. Atacavam e se defendiam sem que os observadores pudessem dizer quem
estava em vantagem ou desvantagem.
Eles lutaram durante todo aquele dia
até entrarem pela noite, onde em campo aberto, na escuridão só se podia ver as
centelhas produzidas pelo choque de suas lâminas. Ao amanhecer os dois estava lá, sem
dar o mínimo sinal de exaustão. Com isso, findou-se mais um dia, mais uma noite
e a luta entre os dois estendeu-se até semanas.
Quando a luta completou meses sem um
vencedor, as pessoas da vila foram aos poucos deixando de ver aquilo como um
acontecimento e passaram a se acostumar com o tilintar das espadas dia após
dia, noite após noite.
Ao findar o primeiro ano, algo
diferente aconteceu. Ninguém ouvia mais o toque metálico das espadas e todos foram
ao local do combate na esperança de saber o resultado daquilo que parecia
interminável.
O que viram não foi um vencedor, nem
um vencido, mas dois guerreiros paralisados em posição de ataque. Não estavam
mortos, apenas postados um de frente ao outro de olhos abertos, músculos retesados,
prontos para desferirem mais um golpe. Nada os tirava daquele estado, não se
falavam, não respondiam. Permaneciam quietos e mudos, imóveis, um de frente
para o outro.
O tempo passou e em torno dos adversários
construiu-se uma praça até então, sem nome. Em torno da praça, a pequena comunidade agrícola crescia e se
modificava.
Passados assim 400 anos, o vilarejo
de outrora é hoje uma das maiores e mais modernas metrópoles do país. Foi quando
numa manhã comum, um grupo de pessoas que naquele horário cruzavam a Praça dos Samurais
presenciou algo insólito. Uma das estátuas, num movimento rápido, mudou sua
posição e desferiu um golpe rápido em direção ao pescoço de seu oponente, que
num movimento de corpo notavelmente veloz e preciso, usou sua espada para habilmente
interceptar o golpe.
2 comentários:
Você voltou!
Oi Gio!
Tô quase voltando!
Bjão
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