domingo, 15 de agosto de 2010

Na maioria das vezes que escrevo sobre algum encontro sexo-afetivo entre duas (ou mais) pessoas, quase sempre substituo palavra “amor” pela palavra relação. Acho que assim fica mais fácil não se esquecer do quanto somos imprevisíveis quando mergulhados nisso, já que considero as relações um conjunto de regras que ajudam a estabelecer barganhas e administrar acordos entre os que no desespero de se sentirem sós, buscam obter a posse de qualquer coisa que os livrem da sensação de solidão.
Quanto ao “amor romântico”, evito falar sobre ele, não apenas por uma questão de não acreditar na “pureza” do conceito, mas por praticidade, por achar que é uma palavra controversa, mitificada e comumente usada fora de contexto para tentar explicar sentimentos pouco compreendidos. Mesmo assim, quando quero, não me importo em ouvir o que outros pensam sobre o assunto, como aconteceu dias atrás, ao assistir numa reprise do programa “Saia Justa”, o psicanalista Jorge Forbes falando “não há provas de que o amor seja justo.” Isso de imediato, me pareceu bem sensato...

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